Ontem quando desci as escadas para esticar as pernas um pouco e tentar melhorar a intensa dor de cabeça que sentia dei de cara com dois caras que trabalham comigo fissurados olhando em um ponto. Quando me aproximei foi amor a primeira vista. Era um casulo com uma borboleta dentro tentando sair.
Era muito estranho, por que até um dia anterior não tinha reparado que ela estava ali e de repente ela estava tentando se libertar daquele aperto que tinha se tornado a vida dela. Ficamos os três ali, admirando, olhos fixos grudados no casulo, percebendo os movimentos daquele corpinho frágil, pindurado por um fio fino, de seda (eu acho), balançando de um lado para o outro.
É interessante como fatos como esse, casuais para uma borboleta, são fascinante para nós, os humanos selvagens em uma selva de pedras. Como uma coisa tão simples pode se transformar em algo tão emocionante. Eu juro, parecia uma criança na Disney.
Essas coisas me fazem pensar... Nós também lutamos, diariamente, para nos libertar. Libertar de um castigo, de uma obsessão, de uma falha. Nos libertar de preconceitos, de manias, manhas, tensões, de nós mesmos. E sempre temos o que reclamar.
Nunca pensei se uma borboleta azul cintilante, amarela ou marrom é triste. Elas estão sempre belas, voando, encantadoras. Estão sempre atrás do objetivo delas, encontrar alimento para saciar a fome e vontade mementânea. Não são gulosas, egoístas, não procuram derrubar outras borboletas para conseguir o melhor néctar, além de alegrar as nossas vidas.
Foi muito bom deparar com ela ontem, para perceber que as lutas fazem parte do crescimento e amadurecimento. Espero que ela esteja bem, voando por aí.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
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