segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Incêndio devasta a Austrália; chuva castiga SP

Dois extremos do mundo e problemas ambientais totalmente opostos. Assim foi o final de semana na Austrália e em São Paulo.

Os incêndios que dizimam os estados de Victoria e Nova Gales do Sul matam pessoas, destroem casas, acabam com vidas e queimam as florestas. Tudo isso com uma temperatura recorde na região, com mais de 46º Celsius. Todos os anos chegam notícias no Brasil de queimadas na região, mas desta vez há indícios de que alguns focos foram provocados pelo homem, de forma proposital e criminosa. A tragédia já toma proporção catastrófica, com mais de 700 casas destruídas, mais de 100 mortos e uma nuvem de fuligem no ar das cidades, sem contar a biodiversidade perdida e a quantidade de CO2 lançada no ambiente.

Já em São Paulo o problema foi a enorme quantidade de água que despejou dos céus em apenas dois dias. Alagamentos anuais não é mais novidade para os paulistanos, o trânsito causado como reflexo também não, mas esse final de semana foi além da conta. Muito me espantou ver ao vivo e a cores carros submergidos, ônibus com água até a metade do vidro, pessoas desesperadas e tentando se abrigar. Isso por que a avenida que tudo ocorreu não é na periferia, e dá acesso a um dos principais bairros da capital, o Morumbi. As avenidas Roque Petroni Junior e a sua continuação, Vicente Rao, ficaram intransitáveis e o percurso de 15 quilômetros, que deveria tomar não mais do que 20 minutos, para uma tarde de sábado qualquer, virou um caos, com imagens cinematográficas. Parecia que todos os protagonistas estavam vivenciando um filme hollywoodiano de catástrofes ambientais.

Secas, queimadas, chuvas e alagamentos são naturais, todos esperam por isso, mas em quantidades alarmantes, perigosas e chocantes não são normais. Está na hora de todos pararem para perceber que há algo errado no clima e o que podemos fazer para tentar reverter o quadro, ou pelo menos amenizá-lo. Uma dica para começar é não jogar lixo nas ruas, para não entupir córregos, bocas de lobo e saídas de água e denunciar queimadas ilegais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário